sabato 26 gennaio 2013

Relatorio de estagio 2

Para Todos

Horário de Entrada: 13:30; Horário de Saída: 17:00
Nº de alunos: 35; idade média dos alunos: 13 anos
Nome da Professor(a): Regina

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Exemplos: Classe: 6:A
                  04hs Só para os clarets.

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Data: 18/02/2013
Horário de Entrada: 13:30; Horário de Saída: 17:00
Nº de alunos: 35; idade média dos alunos: 13 anos
Nome da Professor(a): Regina
Carga horária: 4h.
Turma da 6o A ano A  do Ensino Fundamental.
Disciplina: Artes

Durante o período de intervenção, o professor trabalhou o Arte na Pré-
História, A intervenção foi feita ao tirar as dúvidas dos alunos em distinguir arte de Hisoria.

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Participação

 Atividade desenvolvida pelo estagiário:
  • Estagiário: Passou matéria no quadro.
  • Distribuiu material para os alunos.
  • Corrigiu exercicios.
  • Recolheu as atividades dos alunos.
Regencia 
(A regencia precisa dos planos de aula )

TEMA: Nomes próprios.

JUSTIFICATIVA

O estágio é um processo importantíssimo e indispensável para o professor pois ele dá a oportunidade de assimilar a teoria e a prática, com o estágio o profissional vai conhecer a escola, o alunos, os funcionários, o dia a dia de uma escola e terá a oportunidade de colocar em prática o que aprendeu, vai também estar preparado para a profissão pois quando aprendemos queremos mostrar e o estágio é justamente onde está a oportunidade.


OBJETIVO GERAL:

          Estas atividades têm como objetivo geral, permitir às crianças as seguintes aprendizagens:

- Diferenciar letras e desenhos;
- Diferenciar letras e números;
- Diferenciar letras, umas das outras;
- A quantidade de letras usadas para escrever cada nome;
- Função da escrita dos nomes: para marcar trabalhos, identificar materiais, registrar a presença na sala de aula (função de memória da escrita) e etc;
- Orientação da escrita: da esquerda para a direita;
- Que se escreve para resolver alguns problemas práticos;
- O nome das letras;
- Um amplo repertório de letras (a diversidade e a quantidade de nomes numa mesma sala);
- Habilidades grafo-motoras;
- Uma fonte de consulta para escrever outras palavras.
           E vale a pena lembrar que o nome próprio tem uma característica: é fixo, é sempre igual, uma vez aprendido, mesmo a criança com hipóteses não alfabéticas sobre a escrita não escreve seu próprio nome segundo suas suposições, mas, sim, respeitando as restrições do modelo apresentado.

4- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

          O presente trabalho tem como tal os seguintes objetivos específicos:
- Reconhecer as situações onde faz sentido utilizar nomes próprios: para etiquetar materiais, identificar pertences, registrar a presença em sala de aula (chamada), organizar listas de trabalho e brincadeiras, etc.
- Identificar a escrita do próprio nome.
- Escrever com e sem modelo o próprio nome.
- Ampliar o repertório de conhecimento de letras.
- Interpretar as escritas dos nomes dos colegas da turma.
- Utilizar o conhecimento sobre o próprio nome e o alheio para resolver outros problemas de escrita, tais como: quantas letras usar, quais letras, ordem das letras, interpretação de escritas e etc.

METODOLOGIA
                                                                                                                                         
            Os conteúdos aqui selecionados serão desenvolvidos através de aulas expositivas, investigativa e exploratória, sendo utilizados entre outros recursos, os livros didáticos, piloto, quadro branco, retroprojetor, tv, vídeo, cartazes, pesquisas em jornais  como as coordenadas cartesianas que eles buscarão, revistas que tratem de inteiros, atividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula, aplicarei as minhas aulas o máximo de atividades em que, sei eles desenvolverão.

Conteudo



Bibliografia

DEWEY, John. Lógica: teoría de la investigación. México: Fundo de Cultura, 1950.
______. Como pensamos: como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo educativo, uma reexposição. São Paulo: C. E. Nacional, 1979.

 
Objetivo Geral Objetivo especifico Metodologia Conteudo Avaliação































domenica 20 gennaio 2013

POR QUE LER OS CLÁSSICOS?


Aluno: Benedito M. Fagundes


POR QUE LER OS CLÁSSICOS?

Ítalo Calvino (1993), de uma forma clara e compreensiva responde com quatorze respostas satisfatórias a questão: “Por que ler os clássicos”? Nos passa sua experiência e instrui quanto a ter uma visão particular da idéia de clássico, bem como procura convencer os leitores de ler livros de caráter universal. As definições estão fundadas em torno do argumento do autor, como a capacidade de um leitor na idade adulta atribuir ao ato de ler um sabor especial, por conta da sua própria bagagem vivencial. Na maturidade o livro pode ser melhor compreendido, além de despertar descobertas novas e muitas surpresas. Mesmo o tendo lido na adolescência, o leitor terá a sensação de como se estivesse lendo a primeira vez, claro, a diferença é que o amadurecimento traz todo um histórico que serve como suporte para direcionarmos a leitura, depreender as idéias, interpretar e até dialogar com o autor segundo Calvino.
Os clássicos são aqueles que mesmo depois da segunda leitura continuam bons. São livros que constituem uma riqueza para quem leu e teve vê condições de apreciar as obras. São as obras inesquecíveis que ficam guardadas mesmo que no inconsciente do individuo e desperta quando se faz umas segunda leitura.
Ele defende o uso de textos originais, pois mesmo que se leiam obras que falam do original, não terão a precisão que este tem quando nos fala. Os clássicos quando de fato lidos, nos revelam uma imensa riqueza de informações que nos surpreendem quando comparados com as informações que tínhamos a seu respeito, resultando assim num elo que liga o clássico ao leitor.
Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha pra dizer u seja, cada vez que é relido traz uma nova informação e uma nova visão da história. É aquele que quando lido traz de volta todo o aspecto histórico e cultural das gerações das gerações que foram escritos.
Para o autor os clássicos podem influenciar na vida das pessoas quando dizem muito da realidade que vivem ou direcionam a realidade com base nos propósitos do livro. Assim como podemos estreitar nossa relação com um clássico, podemos também nos encontrar em contraste, o que pode nos atrair pelo questionamento, critica etc.
Clássicos são histórias que atraem muitas críticas sobre si, mas que no final das contas essas acabam por ser relevantes. São os livros que por mais que achamos conhecer por ter ouvido falar, ficamos surpreendidos quando lemos. São aquelas obras que as pessoas se identificam, trazendo-as quase para suas vidas. São aqueles que conseguem se sobrepor aos livros atuais deixando-os como fundo, são aqueles que mesmo não sendo lidos, sempre são conhecidos ou comentados.
A leitura dos clássicos pode ser feita a luz da realidade, o que torna possível analisar a relação da leitura com o cotidiano a que pertencemos, muitas vezes diferente do que está proposto no clássico. Os verdadeiros clássicos nos fazem aprecia-los mesmo sendo incompatíveis com a nossa realidade. O autor sugere que tenhamos uma biblioteca com livros que já lemos e livros ainda por ler para que possamos fazer descobertas e a cada leitura termos uma surpresa.
Concordo com o autor quando se refere que na idade madura é possível ter uma perspectiva diferente dos livros lidos na juventude, pois nessa fase temos uma visão de mundo diferente voltado para uma trajetória histórica, internalizada, que usamos como base para poder comparar, analisar, criticar e até associar a outras obras, a fim de entender o comportamento do autor e conhecer as características das suas obras.
Reler um clássico ou lê-lo pela primeira vez causa sempre o impacto de uma nova descoberta, como se reler fosse sempre a primeira vez só que a leitura fica rica em informações, com redefinições que nos dizem algo que anteriormente não tínhamos a luz de nossas percepções.
Os clássicos se repetem ao longo do tempo, são tradicionais, são obras de qualidade que fazem parte dos estudos nas instituições de educação e da cultura de varias gerações. Em sala de aula, muitos alunos não despertam interesse por ler clássicos sem ser por obrigação. Profissionais da educação deveriam não somente ensinar que devemos ler livros modernos, atualizados e sim, livros que não tem prazo de validade, que pode ser lido por varias idades, ou seja, ler os clássicos.
Discordo quando ele afirma que só livros antigos são clássicos, afinal de contas quando eles surgiram não se tornaram clássicos de imediato, tudo isso ocorre com o tempo que perduram. Por isso acho que os grandes Best-sellers mundias também deveriam ser considerados clássicos para sua época, pois eles atingiram um grande público, entraram em suas vidas, formaram opiniões, marcaram naquele momento a história, por isso também devem ser levados em cosideração.
Na Interatividade com o curso de arte a importância está na riqueza e interatividade que a arte tem com outras disciplinas inclusive com um livro como este. Seria importante todos os professores terem acesso a esta obra maravilhosa.
A importância está na riqueza e interatividade da temática educacional. A experiencia proporcionada por interação amplia os nossos conhecimentos e entendimento academicos de forma universal enriquecendo nossa formação profissional.
O livro coloca-nos a par do pensamento de um grande filosofo do século XX. É muito importante termos a mente e o espírito abertos para podermos aprender com a história e,assim oferecermos aos alunos da rede pública um ensino de qualidade e integração no ambiente escolar.


6. Referências Bibliográficas:


www.portalsaofrancisco.com.br
http://vestibular.uol.com.br/ultnot/livrosresumos/ult2755u13.jhtm Consultado em 17de Dezewmbro de 2012, às 16:00.
Download do livro Ócio Criativo no site http://www.livrodegraca.com/2010/01/o-ocio-criativo.html


O ÓCIO CRIATIVO – DOMENICO DE MASI


Aluno: Benedito M. Fagundes


O ÓCIO CRIATIVO – DOMENICO DE MASI

Em seu Livro Domenico de Masi demonstra que Ócio Criativo não é fazer nada e sim uma composição de três coisas “Estudo” para criar o saber “Lazer” para cria alegria e bem estar “Trabalho” para criar as riquezas todas elas deve ser executadas com alegria e criatividade.

Como foi retratado pelo autor no período industrial teve a inclusão das maquinas nas empresas para substituir os processos que antes era braçal. Essas mudanças ocorreram numa proporção muito grande, porém nem tudo foi positivo. No inicio ocorreu grandes demissões gerando um repúdio dos operários à chegada dessas tecnologias, depois de algum tempo essa negatividade foram passando, graças às máquinas ocorreu o surgimento de novas fábricas e o emprego voltou a crescer, porém os operários não eram mais os mesmos pois tiveram de se atualizar para conseguir operar os equipamentos que estavam chegando. Antes utilizavam os braços e as pernas, agora além disso passa a utilizar o cérebro cada vez mais para suas atividades diárias .

Com isso a visão das empresas começa a mudar em relação aos operários, pois para ser competitiva teria que ter funcionários que fossem criativos e por sua vez os operários começou buscar cada vez mais o conhecimento. Há uma preocupação das grandes companhias no bem-estar dos seus funcionários ou seja o Lazer um dos pilares do Ócio Criativo.

Porém, temos alguns paradigmas quando falamos do Brasil, como quase todo o mundo, nós também vivemos em uma sociedade capitalista e em muitas regiões ainda está no modelo industrial antigo, visando obter lucros maiores as empresas dão menos valor aos funcionários ou seja estamos indo contra a corrente já que o mundo está em constante busca da intelectualidade para reduzir o trabalho braçal. Nós trabalhamos cada vez mais, em alguns casos a carga horária chega a mias de 12 horas, não sobrando Tempo para buscar conhecimento e lazer.

Mas isso não é o fator mais grave que impede a criatividade da população brasileira no meu ponto de vista, o principal e a falta de educação de qualidade. Concorremos às vagas nas boas universidades publicas, com os filhos dos ricos. Como eles têm acesso às boas escolas desde criança quando vão para o vestibular, há uma concorrência desleal com alunos do ensino publico que em quase todo pais é ruim. Como citou o escritor Domenico em uma entrevista ao Programa Roda Viva de 21/06/99 “é um absurdo que o Estado tome o dinheiro dos ricos para devolvê-lo aos ricos.” O mesmo faz uma referencia ao “Robin Hood Maluco”

Mas se fosse como ele citou: “tirar dos ricos e dar para ricos”, não seria tão grave, aqui é bem pior já que o Estado tira o dinheiro dos pobres para dar aos ricos, porém isso é uma parte do problema de desigualdade social no nosso País. Somos também privados de nossos direitos básicos que deveriam ser oferecidos por nossos governantes, a saúde o transporte de qualidade que cada vez mais ficam precários e nos deixa muito distante de viver o ócio criativo pregado pelo professor Domenico, pois cada vez mais temos de trabalhar para poder ter o que deveria ser de graça.

Nos últimos anos com a globalização esse quadro vem mudando, estamos passando para um modelo de pós-industrial, como foi adotado na maioria dos países desenvolvidos. As pessoas passam a utilizar o cérebro cada vez mais, estão gastando melhor seu tempo livre, estamos em constantes mudanças, uma boa parte da população começa a ter direito a programas de incentivo a educação isso está gerando mais oportunidades.

O conceito pregado pelo autor passa a surgir em alguns ambientes da sociedade brasileira que o futuro pertence a quem souber liberta da idéias tradicionais e entender que o trabalho não deve ser uma obrigação ou dever, mais sim uma mistura de atividades que se confunde com tempo livre, estudo e jogo ou seja um aprendizado constante o prazer pelo conhecimento que é adquirido constantemente.

Não posso dizer que isso é uma utopia mas estamos longe de equalizar todo país pois a diferença social e econômica é muito grande principalmente na região Norte / Nordeste. Domenico de Masi cita no Programa Roda Viva de 21/06/1999 que “o Brasil é o espelho do mundo, porque reproduz as contradições existentes no mundo inteiro” ele crê que se conseguirmos resolver nossos problemas isso será o modelo para o resto do mundo .
A criatividade e a inovação não podem brotar nas organizações que ainda são administradas com métodos, tempos e sistemas de comandos concebidos há mais de cem anos, onde o executar é tudo sendo proibido inovar e criar. Temos que evitar métodos que sirvam apenas a um capitalismo disfarçado de social-democracia. O ócio criativo deve incluir a ginástica que harmoniza o corpo e a poesia que encanta a alma. Nele, a guerra deve ser em função da paz e as coisas úteis em função das belas. É muito mais agradável trabalhar com pessoas que descansam, se divertem e gozam a vida.
O trabalho é profissão e o ócio é arte e os escravos do trabalho são os que pararam de pensar, de sonhar, de amar. Os mestres da vida são os que amam apagar a sua distinção com a arte. Só atento à plenitude da qualidade da vida quando consigo a serenidade natural da alegria, beneficiando a todos e sem prejudicar a ninguém. Viver o ócio criativo é ter a certeza de que o paraíso existe e é nesta terra. Mas o inferno também existe e consiste em não se dar conta de que vivemos num paraíso.
Não existem mais motivos pelos quais a grande massa da população deva continuar sofrendo as privações do trabalho. Somente um ceticismo idiota para nos induzir a trabalhar tanto, quando não há mais necessidade disto. Educar para o ócio significa enriquecer as coisas de significado.
É preciso ensinar o jovem a se virar nos meandros do trabalho, nos meandros do prazer. Educar para a solidão e para a companhia, para a solidariedade, o voluntariado. Há tudo o que ensinar e tudo o que aprender. É necessário ter um sábio convívio com o ócio como produto também da educação.
Educar para o ócio significa ensinar a escolher um bom filme, uma peça de teatro, espetáculo de dança ou um livro. Ensinar como estar bem consigo mesmo, a habituar-se às atividades domésticas e com a produção de inúmeras coisas que antes comprávamos. Ensinar o ócio requer uma escolha atenta dos lugares justos para repousar, para amar e se divertir.
A idéia de gozar o ócio sempre incomodou ao rico, pois com o advento da sociedade ociosa tudo muda. A escolha de um bom colchão é mais importante do que a de uma escrivaninha funcional. A escolha de um amigo com quem passear ou tirar férias é mais importante do que a escolha do colega de trabalho. É mais importante a escolha da faculdade que prepara para a vida do que a que prepara só para o exercício da profissão. O que conta não é o estresse da carreira, mas a serenidade da sabedoria.
Portanto, vamos operacionalizar a mudança do processo executivo para o ideativo, da substância, para a forma, do duradouro para o efêmero, da prática para a estética, da precisão para a aproximação, do científico para o pós-científico. O que significa a necessária substituição de uma cultura do sacrifício e da especialização cuja finalidade era o consumismo, para uma visão pós-moderna do bem-estar e da interdisciplinaridade, cujo fim é o crescimento do subjetivo, da afetividade e da melhoria da qualidade do trabalho e da qualidade da vida.
Devemos caminhar da exatidão para a aproximação, evoluindo para depois de Galileu, Newton e Descartes, buscando um mundo cujo centro não seja mais a rigidez, mas e flexibilidade e que esta substitua a simples execução. O homem é um ser pensante, mas suas grandes obras se realizam quando ele não calcula e nem pensa, mas sonha. Não é o ângulo reto e nem a linha reta dura e inflexível que me atraem, mas a curva livre e sensual. De curvas é feito todo o universo, disse Oscar Niemeyer.
Na Interatividade com o curso de arte a importância está na riqueza e interatividade que a arte tem com outras disciplinas inclusive com um livro como este. Seria importante todos os professores terem acesso a esta obra maravilhosa.
A importância está na riqueza e interatividade da temática educacional. A experiencia proporcionada por interação amplia os nossos conhecimentos e entendimento academicos de forma universal enriquecendo nossa formação profissional.
O livro coloca-nos a par do pensamento de um grande filosofo do século XX. É muito importante termos a mente e o espírito abertos para podermos aprender com a história e,assim oferecermos aos alunos da rede pública um ensino de qualidade e integração no ambiente escolar.


6. Referências Bibliográficas:


www.portalsaofrancisco.com.br
http://vestibular.uol.com.br/ultnot/livrosresumos/ult2755u13.jhtm Consultado em 17de Dezewmbro de 2012, às 16:00.
Download do livro Ócio Criativo no site http://www.livrodegraca.com/2010/01/o-ocio-criativo.html


sabato 19 gennaio 2013

GRANDE SERTÃO: VEREDAS - GUIMARÃES ROSA


Aluno: Benedito M. Fagundes

GRANDE SERTÃO: VEREDAS - GUIMARÃES ROSA
1 – INTRODUÇÃO

João Guimarães Rosa, nascido em 27 de junho de 1908, em entrevista concedida ao crítico alemão Günter Lorenz em 1965. Filho de Floduardo Pinto Rosa, pequeno comerciante na cidade mineira de Cordisburgo, e de Francisca Guimarães Rosa. Primeiro dos seis filhos do casal, Rosa passou a primeira década de vida na cidade natal, região de fazendas e criação de gado. Sobre essa época, ele comentou: “Não gosto de falar em infância. É um tempo de coisas boas, mas sempre com pessoas grandes incomodando a gente, intervindo, estragando os prazeres. Recordando o tempo de criança, vejo por lá um excesso de adultos, todos eles, mesmo os mais queridos, ao modo de soldados e policiais do invasor, em pátria ocupada. Fui rancoroso e revolucionário permanente, então. Gostava de estudar sozinho e de brincar de geografia. Mas, tempo bom de verdade, só começou com a conquista de algum isolamento, com a segurança de poder fechar-me num quarto e trancar a porta. Deitar no chão e imaginar estórias, poemas, romances, botando todo mundo conhecido como personagem, misturando as melhores coisas vistas e ouvidas”.
Tendo aprendido as primeiras letras com mestre Candinho e francês com frei Esteves, o menino foi para Belo Horizonte em 1918, onde se matriculou no famoso Colégio Arnaldo. Na capital era freqüentador da biblioteca e estudava – por conta própria – línguas e história natural.
Ingressando na Faculdade de Medicina, manteve o interesse pela literatura. Em 1929, venceu, com o conto O Mistério de Highmore Hall, um concurso da revista O Cruzeiro, que o publicou em julho do mesmo ano. Era a estréia literária do autor, embora ainda sem o estilo que o caracterizaria.
Como dominava diversos idiomas, decidiu, ainda em 1934, prestar concurso para o Itamaraty. Passou em segundo lugar, ingressando na carreira diplomática. Em 1936, seu livro de poemas Magma (que permaneceria inédito, por vontade do autor, por mais de 60 anos, sendo publicado apenas em 1997) foi premiado pela Academia Brasileira de Letras.
Finalmente, em 1967, decidiu marcar a cerimônia de posse, escolhendo a data do aniversário de seu antecessor: 16 de novembro. Em seu discurso, além de homenagear Fontoura,evocou a Codisburgo natal. Na ocasião fez o que pareceria ser uma despedida premonitória, dizendo: “a gente morre é para provar que viveu.(...) As pessoas não morrem, ficam encantadas”. Vitimado por um enfarte, Guimarães Rosa encantou-se três dias depois, em 19 de novembro. (Discutindo Literatura – Especial –Ano 1, nº4 – pág. 07 a 11 - Editora Escala Educacional)


      1. DESENVOLVIMENTO (resumo)

“Um fazendeiro de nome Riobaldo, às margens do rio Urucuia, recebe um visitante da cidade, e lhe conta a história da sua vida. Foi chefe de jagunços; tomou parte numa das grandes guerras entre os bandos armados que percorriam o sertão. Entrou para as lutas sertanejas acompanhando as forças de polícia que perseguiam os bandos, sob o comando de Zé Bebelo. Depois passou para o outro lado, sob a chefia de Joca Ramiro, que derrota e aprisiona Bebelo. Mas Ramiro é assassinado por dois de seus substitutos, Hermógenes e Ricardão. A partir daí a narração conta a longa história da vingança contra os dois traidores. Chefes se sucedem no comando dos vingadores, sem sucesso, entre eles o próprio Zé Bebelo. Finalmente, Riobaldo assume a chefia, depois de procurar fazer um pacto com o Diabo, para derrotar Hermógenes, que tinha fama de pactário. Neste percurso, dividido entre vários amores, Riobaldo se descobre apaixonado por seu companheiro de lutas, Diadorim, que conheceu quando menino, o que o perturba muito. Ao final, Riobaldo consegue derrotar Hermógenes, mas perde Diadorim, enquanto seu grande segredo se revela. Rememorando sua vida, Riobaldo se interroga continuamente sobre a existência do Diabo, e se de fato fez o pacto. Único romance de Guimarães Rosa e um dos livros mais importantes da literatura brasileira, Grande sertão: veredas foi publicado em 1956.” (AGUIAR, 2006, p. 136)

2.1. ESTRUTURA DA NARRATIVA
I - TEMPO
Psicológico: A narrativa é irregular (enredo não linear), sendo acrescidos vários casos pequenos.
II - FOCO NARRATIVO
Primeira pessoa - narrador-personagem - utilizando-se do discurso direto e indireto livre.
III - ESPAÇO
A trama ocorre no sertão mineiro (norte), sul da Bahia e Goiás. No entanto, por se tratar de uma narrativa densa, repleta de reflexões e divagações, ganha um caráter universal - "o sertão é o mundo".
2.2. SOBRE A OBRA

A polêmica em relação à obra de Guimarães Rosa cresce com a publicação de Grande sertão: veredas. O romance não se enquadrava nos paradigmas ficcionais da época – era um longo monólogo de 596 páginas, sem capítulos ou divisões internas, sem prólogo ou algum tipo de introdução: começava em plena ação: “-Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja”.
O travessão que inicia a fala de Riobaldo não é apenas um recurso gráfico: é um dado semiótico importante. Significa que houve uma pergunta anterior, para sempre desconhecida, desencadeadora de toda a narrativa.
A partir desse pequeno dado – o uso de um travessão – Rosa subverte a técnica narrativa do romance, que é na verdade um diálogo. A história é contada para alguém de fora, que pode ser um duplo do próprio Rosa, um doutor, cuja voz não é transcrita no romance. Apenas suas marcas são evidentes na fala do próprio narrador: “O senhor aprova?”; “O senhor não acha? Me declare franco, peço. Ah lhe agradeço.”.
Interlocutor oculto, cujas falas são apenas refletidas, é um fiador da verossimilhança do romance, isto é, de sua possibilidade de existência: um narrador sertanejo, ex-jagunço e atual fazendeiro, conta a um doutor da cidade que, por sua vez, será o responsável pela transcrição do romance: “Campos do Tamanduá-tão – o senhor aí escreva: vinte páginas...”.
A própria narrativa se duplica e se transforma: afinal quem é o responsável pela história? O narrador ou quem fez a transcrição? Por isso, ganha importância o signo final do romance, a lemniscata, símbolo do infinito. A lemniscata é apenas um laço, que pode fechar ou abrir o romance, possibilitando a colocação de novos travessões e de várias respostas, prolongando a conversa. Por outro lado, a transcrição da narrativa indica que não há uma relação de verdade da narração de Riobaldo com os fatos acontecidos (a história do mundo, externa) nem da narrativa transcrita pelo interlocutor com a história contada por Riobaldo: “Ah, mas falo falso. O senhor sente? Desmente? Eu desminto. Contar é muito, muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas – de fazer balance, de se remexerem dos lugares. O que eu falei foi exato? Foi. Mas teria sido? Agora, acho que nem não”.
Grande sertão: veredas consubstancia-se na fala de Riobaldo, velho jagunço que, tendo superado as agruras da guerra e os conflitos do amor, se empenha em entender o descontrole de sua vida, donde resulta o desejo de vincular o próprio destino às leis gerais do grupo e do universo. Assim, ele investiga não só o seu passado de guerreiro, mas também a natureza da alma, de Deus e do inferno. (Discutindo Literatura – Especial –Ano 1, nº4 – pág. 16 a 19 - Editora Escala Educacional)

3 RECEPÇÃO CRÍTICA

Com o lançamento de “Grande sertão: veredas” houve grande impacto no cenário literário brasileiro. O sucesso do livro, logo traduzido para diversas línguas, foi devido, especialmente, às inovações formais. Tornou-se um sucesso comercial, e recebeu três prêmios nacionais: o Prêmio Machado de Assis, do Instituto Nacional do Livro, em 1961; o Prêmio Carmem Dolores Barbosa, de São Paulo, em 1957; e o Prêmio Paula Brito, do Rio de Janeiro. A publicação fez com que Guimarães Rosa encabeçasse a lista tríplice, composta por Clarice Lispector e João Cabral de Melo Neto, como os melhores romancistas da terceira geração modernista brasileira.
Sabe-se que Rosa não gostava de críticas desfavoráveis, colando-as em seus álbuns de recortes de cabeça para baixo; e também se sabe que, em  conversa com seu tradutor alemão Günter Lorenz, em 1965, Rosa reclamou da incompetência e da falta de respeito dos críticos em relação à sua obra e afirmou: “o bom crítico, ao contrário, sob a bordo da nave como timoneiro”.
Essa expectativa fez com que o autor inserisse elementos cifrados em sua obra, para que os leitores ou críticos os descobrissem posteriormente, ou informasse coisas que poderiam passar despercebidas.

4. FRAGMENTOS DE “GRANDE SERTÃO: VEREDAS”
4.1 RIOBALDO
- “O senhor saiba: eu toda a minha vida pensei por mim, forro, sou nascido diferente. Eu sou é eu mesmo. Divêrjo de todo o mundo... Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa”
- “Tudo o que foi, é o começo do que vai vir, toda a hora a gente está num cômpito. Eu penso é assim, na paridade. O demônio na rua... Viver é muito perigoso: e não é não. Nem sei explicar estas coisas. Um sentir é o do sentente, mas outro é o do sentidor”.
- “O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando.”
- “O que não é Deus, é estado do demônio. Deus existe mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa de existir para haver – a gente sabendo que ele não existe, aí é que ele toma conta de tudo.”
4.2 DIADORIM
- “Relembro Diadorim. Minha mulher que não me ouça. Moço: toda saudade é uma espécie de velhice”.
- “Meu corpo gostava de Diadorim. Estendia a mão para suas formas; mas, quando ia, bobamente, ele me olhou – os olhos dele não me deixaram. Diadorim, sério, testalto. Tive um gelo. Só os olhos negavam. Vi – ele mesmo não percebeu nada. Mas, nem eu; eu tinha percebido?”
- “Eu tinha recordação do cheiro dele. Mesmo no escuro, assim, eu tinha aquele fino das feições, que eu não podia divulgar, mas lembrava, referido, na fantasia da ideia”.
- “Diadorim é a minha neblina”.
4.3 DIABO
- “Mas o demônio não precisa de existir para haver – a gente sabendo que ele não existe, aí é que ele toma conta de tudo”.
- “O pacto nenhum – negócio não feito. A prova minha, era que o Demônio mesmo sabe que ele não há, só por só, que carece de existência. E eu estava livre limpo de contrato de culpa, podia carregar nomina; rezo o bendito!”
- “Olhe: o que devia de haver era de se reunirem-se os sábios, políticos, constituições gradas fecharem o definitivo a noção – proclamar por uma vez, artes assembléias, que não tem diabo nenhum, não existe, não pode. Valor de lei! Só assim, davam tranqüilidade boa à gente. Por que o Governo não cuida?!”
4.4 BATALHA
- “Mas que o inimigo já estava aproximado, eu pressenti: se sabe, pela aperreação do corpo, como que se querendo ter mais olhos; e até no que-é do arraigado do peito, nas cavas, nas tripas”.
- “Carece de ter coragem... Carece de ter muita coragem...”
- “Vi: o que guerreia é o bicho, não é o homem”.
- “Agora eles estavam arrumando o mundo de outra maneira. Tudo se media munição, e era fuzil e rifle se experimentando. A guerra era de todos”.
(Grande Sertão: Veredas – 29ª Edição – Editora Nova Fronteira)
5. CONCLUSÃO
O presente trabalho é uma analise sobre o livro “Grande sertão: veredas”, moderno romance brasileiro e obra prima de João Guimarães Rosa. O objetivo é explicitar, interpretar e também debater a multiperspectiva narrativa proveniente das inúmeras indagações e reflexões, características complexas da estrutura de Riobaldo, narrador-protagonista do enredo; assim como tmabém um resumo da vida de Guimarães Rosa, o uso da palavra em suas mais diversas nuances, a filosofia latente e a beleza poética presentes nas páginas de “Grande sertão: veredas”
Mas como acontece com toda literatura regional que ultrapassa a simples descrição para situar-se no plano da arte, ela adquire dimensões universais pelo vigor e beleza do texto. Nada mais natural: sendo o homem o tema de toda grande literatura, são os elementos básicos da condição humana que, em última análise, encontramos em Grande sertão: veredas, no que ela tem de mais fundamental: o amor, a morte, o sofrimento, o ódio, a alegria.
Interatividade com o curso de arte:
A importância está na riqueza e interatividade que a arte tem com outras disciplinas inclusive com um livro como este, histórico, ou seja baseado em fatos reais. Seria importante todos os professores terem acesso a esta obra maravilhosa.
A importância está na riqueza e interatividade da temática educacional. A experiencia proporcionada por interação amplia os nossos conhecimentos e entendimento academicos de forma universal enriquecendo nossa formação profissional.
O livro coloca-nos a par de uma realidade histórica. É muito importante termos a mente e o espírito abertos para podermos aprender com a história e,assim oferecermos aos alunos da rede pública um ensino de qualidade e integração no ambiente escolar.
6. Referências Bibliográficas:
ARRIGUCI JR., Davi. O mundo misturado: romance e experiência em Guimarães Rosa. Novos estudos CEBRAP, São Paulo, no 40, p. 7-29, Nov. 1994.
  • BOLLE, Willi. grandesertão.br: o romance de formação do Brasil. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2004, p.
  • CANDIDO, Antonio. "O homem dos avessos". Em: Tese e Antítese. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006.
  • COUTINHO, Eduardo. Em busca da terceira margem: ensaios sobre o Grande sertão: veredas. Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado, 1993, p.61-70.
  • COUTINHO, Eduardo. (Org.) Guimarães Rosa. 2a ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991. (Coleção Fortuna Crítica)
  • DUARTE, Lélia Parreira; ALVES Maria Theresa Abelha. (Org.) Outras margens: estudos sobre a obra de Guimarães Rosa. Belo Horizonte: Autêntica/ PUC Minas, 2001, p. 317- 330.
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http://vestibular.uol.com.br/ultnot/livrosresumos/ult2755u13.jhtm Consultado em 17de Dezewmbro de 2012, às 16:00.