Aluno Benedito
"OS
CONCEITOS E A ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA"
1-
CONCEITO
Criar é, basicamente, formar, ou
seja, tudo parte da imaginação do artista. É poder dar forma a
algo novo em qualquer campo de atividade, trata-se, nesse novo de
novas querências que se estabelecem para mente humana, fenômenos
relacionados de modo novo e compreendidos em termos novos. Portanto,
um sapato, que é um objeto de proteção para os pés, pode se
tornar uma obra de arte, escultura (para o escultor). Se trata do
valor artístico do objeto. Assim como o urinol de Duchamp é
estranho como obra de arte, o sapato e qualquer outro objeto também
é. O fato do artista dá uma nova função para o objeto, não quer
dizer que a função pratica seja perdida. Metaforicamente, uma coisa
qualquer pode ser usada de uma forma diferente para fazer uma critica
. Esta pode ter sido a intenção do artista em questão.
O ato de criar abrange, portanto,
a capacidade de compreender, e esta por sua vez, a de relacionar,
ordenar, configurar e significar. Nessa busca de ordenações e de
significados reside a profunda motivação humana de criar (Ostrower,
p. 9)
O autor atribui á cultura um significado amplo, pois contempla os
mais variados elementos que a constituem (ENGELMANN, 2008 p. 23).
O processo de criação esta relacionado à experiência estética do
artista e, através das vivências, dos valores, é que exprimem sua
expressividade e, esta por sua vez é que vão dizer como será
afetada a interferência de conhecimento produzida. Cada ser possui
uma necessidade de interagir, comunicar e transmitir aos outros de
como ele é, e principalmente de como percebe o mundo a sua volta.
Por outro lado, também cada observador tem sua forma de
interpretação das mensagens visuais, que também é formada em seu
contexto sócio/cultural, sendo notável que é com a percepção que
o homem consegue sentir e compreender o mundo, e aprende sobre sua
sensibilidade. Portanto, um sapato, por exemplo, é uma criação
humana. É uma obra de arte, isto do ponto de vista do artista.
Assim como para Marcel Duchamp, um urinol é, uma escultura,
qualquer objeto, nas mãos do artista, ou melhor, do ponto de vista
do artista, pode ser considerado obra de arte. Sapato, urinol, copo,
etc. são apenas exemplos. Tudo que criado pelas mãos humanas, com o
toque artístico vira obra de arte. Além do valor material, um
objeto pode ter seu valor artístico.
2-
PESQUISA
A Arte Contemporânea, diz
respeito às produções artísticas realizadas depois da Segunda
Guerra Mundial, sendo caracterizada pela experimentação na fusão
de linguagens, materiais e técnicas.
Ao analisarmos a história da humanidade, desde os primórdios até
os dias atuais, percebemos que o homem procurou sempre dar sentido ás
coisas, atribuir-lhes significados, explicar os fatos e fenômenos e,
assim, obter uma compreensão sobre eles. Á medida que o homem
transformou o mundo em que vivia, as suas concepções foram mudando
e sua forma de interpretar a realidade foi se aprimorando( ENGELMANN,
2008 p.20).
A cultura é definida por Tylor como “aquele todo complexo que
inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os
costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem
como membro da sociedade”.
Sendo assim, o
desenvolvimento da arte se concretiza pelos avanços desses olhares
através da velocidade tecnológica. Onde os estilos não expressam
somente as emoções individuais, mas o coletivo representado no
processo criativo.
Domênico De Mais, sociólogo italiano e um dos grandes estudiosos da
sociedade moderna, lembramos que ele, há tempos, vem mostrando a
importância da criatividade do ser humano para o desenvolvimento
global. Ele diz que vivemos em um mundo em que os objetivos
tornaram-se tecnologicamente avançados e de igual qualidade e não
mais cobiçados com base na sua perfeição técnica, mas no nível
de beleza estética, da mesma forma como os serviços são escolhidos
pelo consumidor de acordo com o refinamento e a cortesia que
oferecem. Ou seja, o que diferencia os produtos, as empresas e mesmo
as pessoas entre si são as soluções criativas por elas
implementadas, visto que a criatividade não é só ter idéias, mas
também saber realizá-las. É o criar e o executar (ZAGONEL, 2008 p.
84)
Segundo Bernadete Zagonel (2008,
p. 37) pode-se dizer:
A arte não se faz de forma
isolada, ela esta diretamente ligada ao contexto em que é produzida.
Costuma-se dizer que a arte é o espelho da sociedade. [...] por meio
do estudo da arte é possível compreender a história humana e
estabelecer relações de fatos e de situações.
3-
JUSTIFICATIVA
A Arte Contemporânea, pensada até
os dias de hoje, engloba uma pluralidade de movimentos e linguagens,
que convivem paralelamente, todos especialmente reflexivos. Além da
diversidade de propostas, as linguagens são diferentes entre si e,
por vezes, contraditórias, evidenciando o caráter individualista.
4-
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como se vê, através da Arte Contemporânea amplia-se o universo
visual e estético, a observação, a percepção de semelhanças e
diferenças. A Arte Moderna, que envolvia discussões coletivas,
dialogava com o material plástico, interagia com ele. Agora, a arte
passa a dialogar com o pensamento plástico, a idéia da arte,
tornando-se mais intelectualizada e hermética para o público. Do
espectador exige-se maior atenção e um olhar que pensa.
A partir do século XIX que foi marcado por fortes mudanças
sociais, políticas e culturais ocasionadas pela Revolução
Industrial, construíram-se novos olhares sobre o desenvolvimento
cultural da sociedade, neste sentido as atividades artísticas
tornaram-se mais complexa.
- BLIOGRAFIA:
ARGAN,
Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos
contemporâneos. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
BERGER,
John. Modos de Ver. Tradução de; Lúcia Olinto. Rio de Janeiro:
Rocco, 1999.
CANCLINI.
Néstor Garcia. Culturas híbridas – estratégias para entrar e
sair da Modernidade. São Paulo: EDUSP, 2006
CLARK,
Lygia. Col. Arte Contemporânea Brasileira. [S./] Ed. FUNARTE, 1980.
MARTÍN
GONZÁLEZ, J.J., Historia
del arte ,
2 vols., Barcelona, Gredos, 1992.
SILVA
Junior, Afonso Gomes da. Aprendizagem por meio da ludicidade. Rio de
Janeiro: Sprint, 2005.
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