Em
seu Livro Domenico de Masi demonstra que Ócio Criativo não é fazer
nada e sim uma composição de três coisas “Estudo” para criar o
saber “Lazer” para cria alegria e bem estar “Trabalho” para
criar as riquezas todas elas deve ser executadas com alegria e
criatividade.
Como
foi retratado pelo autor no período industrial teve a inclusão das
maquinas nas empresas para substituir os processos que antes era
braçal. Essas mudanças ocorreram numa proporção muito grande,
porém nem tudo foi positivo. No inicio ocorreu grandes demissões
gerando um repúdio dos operários à chegada dessas tecnologias,
depois de algum tempo essa negatividade foram passando, graças às
máquinas ocorreu o surgimento de novas fábricas e o emprego voltou
a crescer, porém os operários não eram mais os mesmos pois tiveram
de se atualizar para conseguir operar os equipamentos que estavam
chegando. Antes utilizavam os braços e as pernas, agora além disso
passa a utilizar o cérebro cada vez mais para suas atividades
diárias .
Com
isso a visão das empresas começa a mudar em relação aos
operários, pois para ser competitiva teria que ter funcionários que
fossem criativos e por sua vez os operários começou buscar cada vez
mais o conhecimento. Há uma preocupação das grandes companhias no
bem-estar dos seus funcionários ou seja o Lazer um dos pilares do
Ócio Criativo.
Porém, temos alguns paradigmas quando falamos do
Brasil, como quase todo o mundo, nós também vivemos em uma
sociedade capitalista e em muitas regiões ainda está no modelo
industrial antigo, visando obter lucros maiores as empresas dão
menos valor aos funcionários ou seja estamos indo contra a corrente
já que o mundo está em constante busca da intelectualidade para
reduzir o trabalho braçal. Nós trabalhamos cada vez mais, em alguns
casos a carga horária chega a mias de 12 horas, não sobrando Tempo
para buscar conhecimento e lazer.
Mas
isso não é o fator mais grave que impede a criatividade da
população brasileira no meu ponto de vista, o principal e a falta
de educação de qualidade. Concorremos às vagas nas boas
universidades publicas, com os filhos dos ricos. Como eles têm
acesso às boas escolas desde criança quando vão para o vestibular,
há uma concorrência desleal com alunos do ensino publico que em
quase todo pais é ruim. Como citou o escritor Domenico em uma
entrevista ao Programa Roda Viva de 21/06/99 “é um absurdo que o
Estado tome o dinheiro dos ricos para devolvê-lo aos ricos.” O
mesmo faz uma referencia ao “Robin Hood Maluco”
Mas
se fosse como ele citou: “tirar dos ricos e dar para ricos”, não
seria tão grave, aqui é bem pior já que o Estado tira o dinheiro
dos pobres para dar aos ricos, porém isso é uma parte do problema
de desigualdade social no nosso País. Somos também privados de
nossos direitos básicos que deveriam ser oferecidos por nossos
governantes, a saúde o transporte de qualidade que cada vez mais
ficam precários e nos deixa muito distante de viver o ócio criativo
pregado pelo professor Domenico, pois cada vez mais temos de
trabalhar para poder ter o que deveria ser de graça.
Nos
últimos anos com a globalização esse quadro vem mudando, estamos
passando para um modelo de pós-industrial, como foi adotado na
maioria dos países desenvolvidos. As pessoas passam a utilizar o
cérebro cada vez mais, estão gastando melhor seu tempo livre,
estamos em constantes mudanças, uma boa parte da população começa
a ter direito a programas de incentivo a educação isso está
gerando mais oportunidades.
O
conceito pregado pelo autor passa a surgir em alguns ambientes da
sociedade brasileira que o futuro pertence a quem souber liberta da
idéias tradicionais e entender que o trabalho não deve ser uma
obrigação ou dever, mais sim uma mistura de atividades que se
confunde com tempo livre, estudo e jogo ou seja um aprendizado
constante o prazer pelo conhecimento que é adquirido constantemente.
Não posso
dizer que isso é uma utopia mas estamos longe de equalizar todo país
pois a diferença social e econômica é muito grande principalmente
na região Norte / Nordeste. Domenico de Masi cita no Programa Roda
Viva de 21/06/1999 que “o Brasil é o espelho do mundo, porque
reproduz as contradições existentes no mundo inteiro” ele crê
que se conseguirmos resolver nossos problemas isso será o modelo
para o resto do mundo .
A
criatividade e a inovação não podem brotar nas organizações que
ainda são administradas com métodos, tempos e sistemas de comandos
concebidos há mais de cem anos, onde o executar é tudo sendo
proibido inovar e criar. Temos que evitar métodos que sirvam apenas
a um capitalismo disfarçado de social-democracia. O ócio criativo
deve incluir a ginástica que harmoniza o corpo e a poesia que
encanta a alma. Nele, a guerra deve ser em função da paz e as
coisas úteis em função das belas. É muito mais agradável
trabalhar com pessoas que descansam, se divertem e gozam a vida.
O
trabalho é profissão e o ócio é arte e os escravos do trabalho
são os que pararam de pensar, de sonhar, de amar. Os mestres da vida
são os que amam apagar a sua distinção com a arte. Só atento à
plenitude da qualidade da vida quando consigo a serenidade natural da
alegria, beneficiando a todos e sem prejudicar a ninguém. Viver o
ócio criativo é ter a certeza de que o paraíso existe e é nesta
terra. Mas o inferno também existe e consiste em não se dar conta
de que vivemos num paraíso.
Não
existem mais motivos pelos quais a grande massa da população deva
continuar sofrendo as privações do trabalho. Somente um ceticismo
idiota para nos induzir a trabalhar tanto, quando não há mais
necessidade disto. Educar para o ócio significa enriquecer as coisas
de significado.
É
preciso ensinar o jovem a se virar nos meandros do trabalho, nos
meandros do prazer. Educar para a solidão e para a companhia, para a
solidariedade, o voluntariado. Há tudo o que ensinar e tudo o que
aprender. É necessário ter um sábio convívio com o ócio como
produto também da educação.
Educar
para o ócio significa ensinar a escolher um bom filme, uma peça de
teatro, espetáculo de dança ou um livro. Ensinar como estar bem
consigo mesmo, a habituar-se às atividades domésticas e com a
produção de inúmeras coisas que antes comprávamos. Ensinar o ócio
requer uma escolha atenta dos lugares justos para repousar, para amar
e se divertir.
A
idéia de gozar o ócio sempre incomodou ao rico, pois com o advento
da sociedade ociosa tudo muda. A escolha de um bom colchão é mais
importante do que a de uma escrivaninha funcional. A escolha de um
amigo com quem passear ou tirar férias é mais importante do que a
escolha do colega de trabalho. É mais importante a escolha da
faculdade que prepara para a vida do que a que prepara só para o
exercício da profissão. O que conta não é o estresse da carreira,
mas a serenidade da sabedoria.
Portanto,
vamos operacionalizar a mudança do processo executivo para o
ideativo, da substância, para a forma, do duradouro para o efêmero,
da prática para a estética, da precisão para a aproximação, do
científico para o pós-científico. O que significa a necessária
substituição de uma cultura do sacrifício e da especialização
cuja finalidade era o consumismo, para uma visão pós-moderna do
bem-estar e da interdisciplinaridade, cujo fim é o crescimento do
subjetivo, da afetividade e da melhoria da qualidade do trabalho e da
qualidade da vida.
Devemos
caminhar da exatidão para a aproximação, evoluindo para depois de
Galileu, Newton e Descartes, buscando um mundo cujo centro não seja
mais a rigidez, mas e flexibilidade e que esta substitua a simples
execução. O homem é um ser pensante, mas suas grandes obras se
realizam quando ele não calcula e nem pensa, mas sonha. Não é o
ângulo reto e nem a linha reta dura e inflexível que me atraem, mas
a curva livre e sensual. De curvas é feito todo o universo, disse
Oscar Niemeyer.
Na
Interatividade com o curso de arte a
importância está na riqueza e interatividade que a arte tem com
outras disciplinas inclusive com um livro como este. Seria
importante todos os professores terem acesso a esta obra maravilhosa.
A importância está na riqueza e
interatividade da temática educacional. A experiencia proporcionada
por interação amplia os nossos conhecimentos e entendimento
academicos de forma universal enriquecendo nossa formação
profissional.
O livro coloca-nos a par do
pensamento de um grande filosofo do século XX. É muito importante
termos a mente e o espírito abertos para podermos aprender com a
história e,assim oferecermos aos alunos da rede pública um ensino
de qualidade e integração no ambiente escolar.
6.
Referências Bibliográficas:
www.portalsaofrancisco.com.br
http://vestibular.uol.com.br/ultnot/livrosresumos/ult2755u13.jhtm
Consultado em 17de Dezewmbro de 2012, às 16:00.
Download
do livro Ócio Criativo no site
http://www.livrodegraca.com/2010/01/o-ocio-criativo.html
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