mercoledì 29 agosto 2012

“A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NA ESCOLARIZAÇÃO DA CRIANÇA SURDA”



“A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NA ESCOLARIZAÇÃO DA CRIANÇA SURDA”

Para Motta et al. (2003), “os cuidados oferecidos pela família constituem estratégias que favorecem o desenvolvimento humano à medida que proporcionam amor, afeto, proteção e segurança dentro de um espaço de inclusão e acolhimento aos filhos.”


As discussões em torno do processo de escolarização da pessoa surda são, historicamente, bastante frequentes, principalmente no que diz respeito à modalidade de comunicação e à língua propriamente dita, que deverá ser considerada no processo de letramento desses indivíduos. Também devem ser consideradas as diferentes opiniões acerca do “lugar de escolarização” da pessoa surda, que pode ocorrer nas escolas especiais, nas escolas regulares ou nas escolas inclusivas.
A consequência natural de uma surdez neurossensorial, severa ou profunda, é, sem dúvida, a não aquisição da linguagem oral, de forma natural, pela criança. Dessa forma, a criança surda, quando chega à escola, diferentemente da criança ouvinte, não tem a língua oral adquirida. Via de regra, não tem língua alguma.
Colocada como algo “especial", a educação dessas crianças vem lutando no sentido de desenvolver um processo de letramento de qualidade e, portanto, eficaz. Ou seja, espera-se oferecer condições para que a criança surda, no mínimo, alcance o domínio da linguagem escrita. Muitas são as pesquisas e propostas de trabalho. Poucos são os resultados obtidos.
O ser humano comunica-se com seus semelhantes por meio dos órgãos dos sentidos, o que o leva a transmitir e receber mensagens dos mais variados tipos: visuais, auditivas, táteis... Contudo, a comunicação só se realiza plenamente com a utilização da língua. Comunicar, portanto, é a função principal do Sistema Linguístico.
O aprendizado da Língua Portuguesa tem sido, ao longo dos anos, a maior dificuldade para os alunos surdos. Apesar do enorme esforço de professores e dos próprios alunos, os resultados nem sempre são satisfatórios.
A linguagem é o lugar de interação, de constituição das identidades, de representação de papéis e de negociação do sentido.
No aprendizado da Língua Portuguesa ou da LIBRAS faz-se necessário que o professor se lembre de que ambas se estruturam em quatro níveis:
• Fonológico
• Morfológico
• Sintático
• Semântico – pragmático
O não desenvolvimento da Linguagem, oral ou de sinais, nos primeiros anos de vida, causam danos inestimáveis na construção da identidade e aprendizagem do surdo. Nas escolas especiais para alunos surdos, a língua através da qual a prática educacional é constituída vai depender da filosofia e, consequentemente, da metodologia escolhida por cada escola.
Quando a escola opta pela filosofia oralista, a língua utilizada é a língua portuguesa oral e escrita. A importância da Língua Brasileira de Sinais, a LIBRAS, como suporte para o aprendizado da língua portuguesa no processo de escolarização dos alunos surdos é o fato de que todos os atores envolvidos no processo educacional vão contar com um novo instrumento, a saber, o uso da LIBRAS no cotidiano escolar. Entretanto, a aquisição e o domínio dessa língua demandam uma série de recursos que nem sempre estão disponíveis. Além disso, a grande maioria das famílias e dos profissionais envolvidos com a criança surda é ouvinte e não domina a LIBRAS.


O Instrutor de Libras


O instrutor é protagonista no desenvolvimento das crianças, pois precisa ir além de reconhecer os conhecimentos prévios dos alunos, necessita criar um ambiente de sala de aula no qual aluno e instrutor aprendam, troquem experiências, sugiram, testem e, juntos, encontrem caminhos para a
aprendizagem.
A permanência do instrutor surdo em sala de aula contribui para que os alunos construam sua própria identidade e tenham acesso ao conhecimento através da sua língua materna, a língua de sinais. O instrutor ouvinte, mesmo fluente na língua de sinais, não consegue ser uma referência ao aluno surdo, diferente do instrutor surdo, que reflete na criança a possibilidade de também conquistar seu espaço.


As entrevistas
Durante as visitas à escola, objetivando a coleta de materiais para o desenvolvimento da dissertação, a pesquisa voltou-se para a forma como estavam organizadas as aulas de LIBRAS e para os objetivos nesta disciplina. A fim de observar o que é esperado das aulas de LIBRAS, por todos os envolvidos no processo – instrutor, escola, alunos – foi realizada com os dois instrutores de LIBRAS da escola uma entrevista semi estruturada, partindo de onze questões relacionadas à formação dos instrutores, às concepções de língua, ao currículo, à escola e à aquisição da língua materna.
Na referida instituição há dois instrutores de LIBRAS aqui definidos como instrutor A e instrutor B. O instrutor A atua há oito anos na área, é instrutor de LIBRAS em uma escola da região e concluiu o ensino médio. O instrutor B atua há dois anos e meio em escola para surdos e concluiu o curso de pedagogia.
Ao realizar seus planejamentos, ambos os instrutores não partem dos planos de estudo da escola a fim de elaborarem os conteúdos que serão ensinados. Ao invés disso, são realizadas reuniões pedagógicas nas quais os instrutores de áreas afins planejam conteúdos e atividades em grupos. Da mesma forma que essas reuniões permitem que o instrutor não siga um cronograma engessado e estanque, possibilitam que os conteúdos sejam adequados de acordo com as necessidades dos seus alunos.
Quando os instrutores foram questionados acerca do que a escola espera das aulas de LIBRAS, as respostas foram divergentes. O instrutor A afirma que a escola lhe dá liberdade para ensinar o que julgar mais importante; por sua vez, o instrutor B diz que a escola espera que os alunos aprendam muito vocabulário ao longo das aulas de LIBRAS.
A resposta do segundo instrutor, em parte, se deve ao contexto dos alunos da escola. São alunos em geral provenientes de famílias de baixa renda, sendo que, muitas vezes, seu único contato com a LIBRAS é a sala de aula e a escola. Através das respostas, é possível perceber que a escola admite que o instrutor elenque suas prio- ridades, tendo preferência pela aquisição de vocabulário.
Em vista disso, quase a única exclusividade do que é abordado em relação a LIBRAS é o vocabulário. Os instrutores questionados vêem as aulas de LIBRAS como um meio importante para que os alunos se comuniquem e compreendam melhor o mundo. O instrutor A salienta ainda que as aulas de LIBRAS são importantes para que os alunos observem as diferenças com a Língua Portuguesa compreendendo melhor, dessa forma, ambas. O instrutor B acha a LIBRAS importante para a comunicação e informação.
PLANO DE AULA


TEMA: “FIGURAS GEOMÉTRICAS”
OBJETIVO GERAL
Possibilitar aos alunos oportunidade de ampliar o vocabulário em Libras, por meio das Figuras Geométricas, para melhor aquisição de conhecimentos na comunicação e apropriação da língua de sinais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
-Identificar as formas geométricas básicas: quadrado, triangulo, retângulo e circulo;
-Reconhecer os sinais de figuras geométricas por meio de figuras, imagens e objetos;
-Observar e perceber as formas das figuras geométricas em diferentes contextos;
-Observar a seqüência lógica das figuras geométricas.
METODOLOGIA
A aula de Figuras Geométricas planejada será desenvolvida de forma expositiva, dialogada e prática. Apresentar aos alunos as figuras geométricas: o quadrado, o triangulo, o retângulo e o circulo e seus respectivos sinais, explorando o ambiente de sala de aula e desenvolvendo atividades lúdicas (brincadeiras) e atividade escrita.
ATIVIDADES EM SALA DE AULA


1 – Identifique na cena abaixo as formas das figuras geométricas:


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2 – Escrita de palavras dos sinais apresentados


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3 – Observe as palavras em português e ligue as formas geométricas


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CÍRCULO
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RETÂNGULO
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QUADRADO


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TRIÂNGULO


4 – Atividade para casa: estudar e treinar os sinais aprendidos em sala de aula.


Conclusão
Diante das análises, foi possível perceber que trabalhar com alunos surdos envolve aspectos sociais e culturais que interferem diretamente na formação do aluno surdo que vive em uma sociedade que ainda não está preparada para recebê-lo.
Verificando a presença do instrutor de LIBRAS na formação de alunos surdos, esse trabalho pretendeu averiguar quais os objetivos dos instrutores de LIBRAS para suas aulas, quais conteúdos deveriam ser ensinados e quais efetivamente são ensinados.
Os professores de surdos vivem uma experiência bem diferente de professores de uma língua estrangeira para ouvintes. Eles estão diante de sujeitos que não podem contar com a audição para o desenvolvimento da aprendizagem, além de possuírem uma língua que não é oral-auditiva e sim visual-espacial. Mediante essa problemática, tanto pedagogos, como fonoaudiólogos e também lingüistas têm se inclinado ao desafio de ajudar essa comunidade na proficiência leitora e no desempenho da escrita em L2.


Referências Bibliográficas
Martins, M. A. (1996). Pré-História da Aprendizagem da Leitura. Lisboa: ISPA
http://www.pedagogia.com.br/artigos/libras/


http://www.ouvirfazbem.com.br/funciona.asp


http://wwwviniciusgomesecuriosidades.blogspot.com/2010/10/importancia-de-estudar-libra.html
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