mercoledì 29 agosto 2012

“A reorganização da escola na perspectiva da educação inclusiva”


FUNDAMENTOS DA EDUCACAO INCLUSIVA
A reorganização da escola na perspectiva da educação
inclusiva”


DESENVOLVIMENTO

  1. ENTREVISTA

A entrevista foi realizada com a coordenadora Elizabet Assunção da Escola Estadual Olindamir Merlin Claudino, localizada no bairro Nações em Fazenda Rio Grande.

1) Quantos alunos com necessidades educacionais especiais frequentam a escola que você coordena?

Resposta: Temos seis alunos distribuídos entre os dois turnos, manhã e tarde.

2) Quais as necessidades educacionais que eles apresentam (deficiência física, auditiva, visual, intelectual, altas habilidades ou condutas típicas)? Como eles estão distribuídos nas diferentes classes e séries? Por exemplo, um aluno com surdez no 6º ano, um com deficiência intelectual no 2º ano, e assim por diante.

Resposta: quatro alunos do turno da manhã, sendo dois portador de deficiência intelectual parcial no 5º ano, dois portador de autismo 4º ano e dois portador no turno da tarde apresenta síndrome de down no 2º ano.

3) A escola, a partir da inserção do(s) aluno(s) com necessidades educacionais especiais nas classes comuns, realizou mudanças na sua forma de organização no que se refere à organização curricular, às práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula, aos recursos didáticos utilizados, aos recursos e instrumentos de avaliação, à organização do espaço, entre outros aspectos? Se sim, descreva detalhadamente quais as mudanças que têm sido implementadas para atender aos alunos com necessidades educacionais especiais.

Resposta: A única mudança percebida e que logo foi realizada foi no ambiente físico, a construção de uma rampa para receber alunos que utilizam cadeiras de rodas, esse ano a rampa ainda não foi utilizada, não tivemos alunos nessas condições e a rampa está parada ao contrário do ano passado que recebemos um aluno cadeirante.
A sala de recursos e instrumentos para manuseio dos alunos portadores está no projeto e a Estado está providenciando. A organização curricular, assim como às práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula continuam da mesma forma, funcionando regularmente e pedagogicamente para o aluno comum.

4) Você, enquanto coordenador(a) da escola, realizou algum curso ou tem recebido alguma formação específica acerca da inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais? Se sim, como foram esses cursos e/ou formação? Informe, adicionalmente, se eles foram propostos pela rede pública ou se você os procurou por iniciativa própria.

Resposta: Tive interesse em fazer algum curso na área da inclusão, condutas típicas (Transtornos globais do desenvolvimento humano), porém o Estado não oferece tal curso gratuitamente. O preço é muito alto para o professor fazer por conta própria.

5) A rede municipal ou estadual na qual você atua como coordenador(a) conta com um setor responsável pela educação especial? Se sim, esse setor tem promovido o apoio à inclusão, garantindo recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem o atendimento de qualidade aos alunos com necessidades educacionais especiais nas classes comuns, tal como prevê a legislação? Explique e dê exemplos.

Resposta: Sim temos um setor que é responsável pela contratação de estagiários que tomavam conta dos alunos portadores de necessidades especiais educacionais, sem nenhuma capacitação para exercer tais tarefas e a maioria deles estudando outros segmentos não referentes à educação, isto até o ano passado. Era um investimento financeiro direto mas não adequada para os especiais.

6) A escola tem implementado flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados tendo em vista as necessidades educacionais apresentadas pelos alunos, tal como prevê a legislação, especialmente o Artigo 8º da Resolução CNE/CEB nº 2/2001 (BRASIL, 2001)? Explique e dê exemplos.

Resposta: O Estado não disponibiliza de professores de apoio, capacitados, para atender os alunos especiais, o que temos aqui são 40 alunos em sala de aula e o professor não consegue atendê-los.
Conforme mencionado na questão anterior, ainda não temos essas contratações feitas através de concursos públicos, são apenas estagiários, pessoas enviadas para tomar conta, dar um suporte para o professor enquanto esses alunos estão em sala de aula. Não têm como flexibilizar, adaptar, Instrumentalizar e ainda utilizar metodologias e recursos diferenciados se não o temos, sem dizer que seria impossível aplicá-los em sala com 40 alunos.

7) Como os alunos com necessidades educacionais especiais têm sido avaliados?

Resposta: Honestamente, não têm! Como avaliar alunos especiais no ensino regular, sem os instrumentos adequados, fora de cogitação. Não temos materialidade para isso.

8) Os sistemas de ensino, nos termos da Lei 10.098/2000 e da Lei 10.172/2001, devem assegurar a acessibilidade aos alunos que apresentem necessidades educacionais especiais mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas urbanísticas, bem como de barreiras nas comunicações, na edificação e nos transportes escolares, incluindo instalações, equipamentos e mobiliário, provendo, assim, as escolas dos recursos humanos e materiais necessários (BRASIL, 2001). A escola, sob sua coordenação, está garantindo acessibilidade aos alunos com necessidades educacionais especiais? Explique e dê exemplos.

Resposta: A questão não é a minha escola e sim o Estado que não disponibiliza material e professores adequados para trabalhar com os especiais. Como fazer nos termos da lei se não temos. O transporte a prefeitura fornece e garante a todos. Estamos aqui para trabalhar dentro do possível, dentro do que oferecem aos professores.

9) Os professores das classes comuns da escola que você coordena receberam alguma formação específica para atender aos alunos com necessidades educacionais especiais? Se sim, que tipo de formação? Tal formação foi promovida pela rede ou foi o próprio professor que a buscou por iniciativa própria?

Resposta: Não são disponibilizados cursos para os professores.

10) Visando à organização da educação inclusiva, em sua opinião, o que precisa ser melhorado na sua escola?

Resposta: Em relação ao aluno da educação inclusiva, tudo precisa ser melhorado. Precisamos de professores de apoio e não de babás, desta forma que estão fazendo. Preciso na escola de três professores capacitados para apoio à essas crianças para ministrar todos os conteúdos, para utilizar sala de recurso didático com suas devidas instrumentações, materialidades (caso tenhamos), que fique de plantão dentro da sala de aula para que o professor referência faça uma avaliação adequada após desenvolver atividades com os professores de apoio. Isso que necessito na escola.

2. RELATÓRIO
Após a chegada a escola fui encaminhado à sala da coordenação pedagógica que atendeu muito bem e respondeu a todas as perguntas sempre com um olhar e uma expressão muito desconfiada em relação a inclusão.
Foi Constatado, por meio da entrevista e também presenciando em sala de aula junto aos professores em que estavam os portadores de necessidades especiais, a realidade que ao nosso ver estava muito distante e diferente das leis formatadas até então.
A permanência na escola foi de oito horas. Verificamos todos os detalhes relatados pela coordenadora pedagógica que eram verídicos.
Primeiro detalhe vistoriado em comum foi a rampa construída especialmente para os incluídos e que realmente se fazia presente, belíssima construção que até então havia sido usada por um aluno que era totalmente paralisado no ano passado. A partir de então verificamos também a questão da materialidade, instrumentações que deveriam existir em uma sala de recurso inexistente na escola, evidente que os alunos portadores de necessidades educacionais especiais deveriam ter, já que o título que os mesmos recebem os definem, “necessidades educacionais especiais”, a necessidade de aulas com métodos fora dos convencionais de ensino.
Percebemos também a presença de “acompanhantes” com formação de ensino médio com esses alunos, orientados pelos professores para “tomar conta”, acompanhá-los aos banheiros e em seus momentos de crise. Concluímos que os alunos especiais estão largados, de qualquer maneira nessa escola e imaginamos que em todas outras da rede municipal de ensino, já que a presença de professores de apoio deveriam substituir a mão de obra dos acompanhantes e que eram ausentes naquela rede fazendo com que o nível de qualidade oferecida, não alcance uma educação de qualidade a seus alunos portadores de necessidades educacionais especiais, conforme amparados pela lei.
Referências Bibliográficas
Martins, M. A. (1996). Pré-História da Aprendizagem da Leitura. Lisboa: ISPA
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Política nacional de

educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2007.

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf>. Acesso em:

11 jan. 2011.

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